Pimentão Doce

Fui mãe há relativamente pouco tempo e foi e continua a ser uma experiência extraordinária. Conheci um amor completamente absorvente, chega a ser pecado, valha-me Deus!  E conheci a exaustão ao extremo. Desde todo o processo da gravidez até ao trabalho de parto, que terminou numa cesariana para solucionar algumas complicações que surgiram, é tudo de um caráter animalesco. Os cheiros, o sangue, as dores brutais, o desenvolvimento de sentimentos protetores ao extremo e do conhecimento de que somos capazes de multiplicar o amor, mesmo que seja em formas diferentes, sentido de formas diferentes.  Com tanto viver e sofrer (gente, o sofrimento anda de braços dados com a nossa existência!), a saúde da mãe pode sofrer muito e ninguém o refere. Tudo se concentra, e bem, no bebé mas a mãe continua ali, a ser extremamente necessária e a sofrer. Não se fala nisto, ninguém fala (é o papel da mãe, tenha paciência - foi o que me disseram!). Alerta Recém-mamã Fui mãe muito recentemente. Estou...

O António Variações era extraordinário, muito mais do que o seu tempo. A mim, consegue colocar-me sempre a "dançar" com o embalar da Canção de Engate e garanto que esse feito não é fácil com a minha pessoa 🤭😉 Cantou um pouco de todas as nossas inquietações que ele sabia eternas e que são transversais a todos nós. Estamos, no verão, com um calor tremendo e a suspirar por um friozinho. Soa a "só estou bem onde não estou". E descreveu a fome emocional e gula, sabendo que é sempre o corpo que paga a ansiedade, os problemas resolvidos só assim-assim ou os acontecimentos passados que inconscientemente transportamos na nossa mochila de bagagem emocional, todos os dias. A fome emocional não é maleita moderna. É velhinha. Ataca quando estamos aborrecidos, quando o dia não nos correu bem ou quando foram indelicados connosco e não conseguimos resolver o que essa indelicadeza suscitou internamente. É uma sonsa. Parece que esteve sempre ali há espera da primeira falha do dia p...

Nem sempre as coisas são como queremos ou como sonhamos. Os meus últimos seis meses foram muito sentidos. Tudo aconteceu intensamente. As nossas vidas mudaram ou, pelo menos, mudou a forma como pensávamos que era certo. Já não é má educação não cumprimentar de beijinho e não terminar uma conversa pessoalmente com um abraço. As nossas casas passaram a ser santuários e sair em convívios sociais quase a ser equivalente a blasfémia. Senti falta daquilo que não me fazia falta antes. Da confusão nas ruas, do barulho do trânsito, de ir às compras sem restrições e sem estar aflita porque tem gente à espera que eu termine. O que desabafo é comum a muitos e, infelizmente, a situação foi e é pior para outros. Aborreci-me com aqueles que mais amo, simplesmente porque estávamos há muito tempo juntos (dias e dias sem descanso um do outro)... Mas, no início da quarentena e perante uma situação menos boa em termos de trabalho e emocional, tenho uma surpresa que revirou a minha vida e o meu mundo. Fiqu...

"Lá vem ela outra vez com isto da motivação..." Pensam vocês e espero que estejam a revirar os vossos olhos. Entendo isso como um elogio 😁 frases motivacionais já feitas e partilhadas e repartilhadas induzem-me vómitos mentais. Tenho que motivar todos os dias quem me escolheu para os acompanhar, faça sol, faça trovoada, esteja eu triste, esteja eu extasiada com algo que me aconteceu... News flash: não estou sempre. Tenho os meus problemas pessoais e sofro de uma doença autoimune crónica que me lixa o esquema de vez em quando. Não sou nenhuma sobrevivente ou super-mulher, sou uma mulher como muitas outras com imensas qualidades e defeitos. Porque escrevo isto de motivação? Porque ontem deparei-me com aquela máxima demasiada partilhada nas redes sociais, no meu dia-a-dia. Aquilo do "faz por ti, não faças porque os outros gostam ou acham que deves fazer ou ser ou whatever..." penso que perceberam a que me referia. Esperei validação nos que me rodeiam. Sei q...

Sim, é exatamente isso que tem acontecido nos últimos dois meses. Uma vergonha 😞 Mudei o espaço de trabalho e mudei os horários de trabalho também. Sucede que, com tanto stress, ansiedade e milhentas tarefas e burocracias a terem que ser resolvidas e feitas, perdi-me com o exercício. Estou a fazer o que tanto luto para que não aconteça com que me procura para mudar os seus hábitos de vida, quer pela alimentação, quer pelo sono, quer pelo exercício físico. Partilho porque acho que o devo fazer. A vida não é perfeita para ninguém e não é porque sou nutricionista, que me será facílimo ter hábitos de vida super saudáveis. O que aconteceu desde que deixei o exercício físico? Menos energia durante o dia, sinto-me apática, começo a ficar mais redondinha nos braços e a perder o redondinho do rabinho que tanto me orgulhava. E, guardei para último aquilo que mais se manifestou depois de deixar de fazer exercício. O meu mau feitio e a minha apatia! Sempre o tive, mas o exercício fazia com ...

Nos últimos anos, temos sido bombardeados com os benefícios da "estupenda" e maravilhosa batata doce. Honestamente, isso é treta. E tenho que dar os meus sinceros parabéns ao marketing das empresas de produtos direcionados a exercício físico e afins. Vou dizer-vos um segredo... Shh, não se diz a ninguém 🤭 é mentira! A batata doce não tem nada de especial, quando comparada com a batata dita normal. A batata doce é mais calórica, tem um maior conteúdo de hidratos de carbono e, como tem mais 1g de fibra que a batata normal, o seu índice glicémico será inferior (óbvio!). Tem menos proteína que a batata normal. E estes dados que vos dou são uma picuíce. Comam batata, a que mais gostarem e com a casca, porque é lá que temos a maior quantidade de vitaminas e minerais. Sejam felizes, sempre informados, porque dá mesmo muito jeito 😜 Termino com dados analíticos de ambas as batatas que falei, baseados na Tabela de Composição dos Alimentos do Instituto Ricardo Jorge (...

Pois é... Qual não foi o meu espanto quando vi esta publicação num blogue de mexericos! Sim, sou menina para ler as "notícias" bombásticas e sem interesse algum quando tenho tempo livre. E deparo-me com este disparate. A supermodelo Naomi Campbell afirma comer apenas quando lhe apetece e é senhora para estar dias a fio sem comer. Assim se justifica todos os processos de agressão que ela tem.  Naomi, se estás a ler este texto, quero que saibas que te compreendo... Apenas me bastaria um dia sem comer e atiraria o telemóvel e a carteira cheia de trocos a quem não me fizesse a vontade 😡 Mas nada disto se justifica. Esta postura perante a alimentação e, ainda por cima, o falar disto com o maior à vontade possível?! Não, não e não! Devemos ter uma postura saudável perante a alimentação. Devemos comer todos os dias e preferir os alimentos não processados e sazonais. Saber que sempre existirão alturas de festa e que, nesses dias, é normal e plenamente saudável com...

Pois é, arrastando-me. É já sabido que tenho demasiada força física que me indica e sugere o sofá a toda a hora. E, se desejarem, proponho uma publicação apenas com desculpas para não levantarem os vossos valiosos rabiosques do sofá confortável e de onde tudo parece menos cansativo e penoso. Querem saber um segredo? Tenho feito aulas de personal trainer! É uma informação que vos tem feito falta, não tem, gente gira? Quando escrevo, suponho sempre que vou ter uma multidão de gente linda e maravilhosa a ler os meus textos. Faz-me feliz. A minha primeira experiência de PT foi com o Grande Miguel Soares. Na primeira aula, sofri tanto que pensei que desmaiaria no final. E nas aulas seguintes que fiz com ele? Também, claro. E com a Telma? A mesma coisa. A Telma é uma moça para a minha altura e magrinha, linda que se farta. Mas isso não a fez abrandar. A diabinha fez-me agachar, empurrando um elástico tremendamente forte que me pôs na anca. E burpees. E agachamentos com um ...

Estive de férias e regressei com trabalho à minha espera. O ginásio ficou em banho-maria. Como quem diz... Se fosse mesmo banho-maria, a panela tinha ficado esturricada. Nem caminhadas fiz, a verem o nível do desleixo. Acontece que não desisti. Após duas semanas de corpinho bem aconchegado em cadeiras, sofás e outros que tal, fui ao ginásio. Fiz cardio e máquinas. Fiz peso. Uma linda que eu estive. E fiquei uma triste no dia seguinte. Cheia de ácido láctico a contaminar os meus músculos preguiçosos e a causar dor, daquela que nos faz dizer um palavrão, ou dois ou três e a revirar olhos 🙄 Oh para mim a tentar mover a elíptica! Partilho convosco a minha aura de suor e sofrimento porque é merecido e é isto que acontece comigo num ginásio. Nunca vou colocar uma fotografia a sorrir no ginásio. Até poderei colocar, mas significa que o exercício já acabou 😎 E agora? Continuo? Ou deixo-me ficar a polir sofás a tempo inteiro? Sinceramente, vou voltar a praticar exercício fí...