No que concerne a imagem corporal, a alimentação é uma rémora. A analogia pode parecer disparatada, mas pela alimentação conseguimos "manipular" o nosso corpo. É a forma mais barata e mais acessível de o fazer, atualmente.
As redes sociais trouxeram muitos benefícios ao nosso dia-a-dia, mas também trouxeram tanto de mau. Agora, todos podemos ser fotógrafos "profissionais" e usar filtros e embelezar momentos que não tiveram assim tanto de capa de Vogue.
Eu uso filtros nas fotografias que publico dos pratos que confecciono. Não percebo nada de fotografia e não sei usar luz e outras coisas fancy que os fotógrafos profissionais levam anos a estudar e a treinar para conseguirem os resultados profissionais e as minhas fotografias transpiram amadorismo. A isto chamo de humildade.
Já as redes sociais transpiram falta de humildade, um mostrar de barrigas lisas, cinturas finissímas ou então vidas de pessoas que penso que lhes saiu o euromilhões, pois só publicam fotografias de sítios extraordinários e exóticos e onde, pelas fotografias por eles publicadas, nunca chove ou existe um dia nublado ou algo menos agradável.
Como me dizia a minha mãe e muito bem (acho que mo disse foi na idade errada, eu tinha 2 ou 3 anos), a vida não é como na Rua Sésamo. As pessoas não estão sempre a sorrir, a vida não corre sempre bem e as pessoas não são sempre bonitas e carinhosas.
Foi sobre isto que escrevi no artigo para a Revista Açores.
Partilham da minha opinião?
Muito carinho.
As redes sociais trouxeram muitos benefícios ao nosso dia-a-dia, mas também trouxeram tanto de mau. Agora, todos podemos ser fotógrafos "profissionais" e usar filtros e embelezar momentos que não tiveram assim tanto de capa de Vogue.
Eu uso filtros nas fotografias que publico dos pratos que confecciono. Não percebo nada de fotografia e não sei usar luz e outras coisas fancy que os fotógrafos profissionais levam anos a estudar e a treinar para conseguirem os resultados profissionais e as minhas fotografias transpiram amadorismo. A isto chamo de humildade.
Já as redes sociais transpiram falta de humildade, um mostrar de barrigas lisas, cinturas finissímas ou então vidas de pessoas que penso que lhes saiu o euromilhões, pois só publicam fotografias de sítios extraordinários e exóticos e onde, pelas fotografias por eles publicadas, nunca chove ou existe um dia nublado ou algo menos agradável.
Como me dizia a minha mãe e muito bem (acho que mo disse foi na idade errada, eu tinha 2 ou 3 anos), a vida não é como na Rua Sésamo. As pessoas não estão sempre a sorrir, a vida não corre sempre bem e as pessoas não são sempre bonitas e carinhosas.
Foi sobre isto que escrevi no artigo para a Revista Açores.
Partilham da minha opinião?
Muito carinho.
"Espelho meu, espelho
meu, haverá alguém menos belo do que eu?
Já se sentiram tristes
após uma breve visita às redes sociais? Eu já, e mais vezes do que devia.
Mas também sinto
tristeza por estarmos excessivamente influenciados pela imagem, espelhada em
fotografias curadas de forma extenuante, que fazem-nos pensar que estamos e
somos errados num mundo que as redes sociais refletem ser de pessoas e vidas e ambientes,
no mínimo, perfeitos.
Li um texto da blogger Bumba
na Fofinha que falava sobre uma situação que esta tinha passado numa praia. Foi
dito a um grupo de pessoas que iriam tirar uma fotografia de grupo. E os
comportamentos tornaram-se automaticamente diferentes. Devem deduzir do que
estou a falar: barriguinhas encolhidas até mais não, gente sem respirar até o
flash disparar, posições de mãos e pés a desafiar a gravidade e o bem-estar. E
sem falar nos sorrisos exagerados e forçados, o excesso de exibição de imensas “amizades”
e os sítios extraordinários e exóticos onde estiveram. #vidasperfeitas
E pensam vocês… o que
tem isto a ver com nutrição e alimentação? Está relacionado com a imagem
corporal e o desajuste com a realidade.
Os adolescentes da
década de 90 devem, de certeza, lembrar-se dos ícones de beleza de então. Kate
Moss e Pamela Anderson? A primeira corresponde à ausência de formas físicas e baixa
percentagem de massa gorda. A última tem um pouco mais de gordurinha corporal,
mas apresenta várias alterações conseguidas por recurso a cirurgia plástica.
Atualmente, temos outro modelo de corpo ideal: cinturas muito pronunciadas,
corpos trabalhados em ginásio ou atributos físicos que, na década de 90, eram
definitivamente desvalorizados. Pergunto-vos, a vossa forma corporal mudou nos
últimos 20 anos de forma a acompanhar as modas? Eu sei que não e está tudo bem!
Saliento que nenhuma das personalidades referidas tem algo de errado, nem quem
personifica os ideais de beleza, nem quem não os personifica.
Uma mulher adulta deve
ter acumulação de gordura nas coxas e no rabo que pode suscitar o aspeto casca
de laranja e nada tem de errado. Tal acontece devido à componente hormonal da
mulher. Nem todos temos naturalmente uma barriga lisa, nem as pernas finas, nem
os lábios carnudos e sardas maravilhosamente dispostas na nossa face. O que
devemos ter é uma postura positiva perante o nosso corpo e a nossa alimentação.
Uma alimentação equilibrada e organizada transmite a mensagem positiva de autoestima.
Dietas malucas, em que se eliminam grupos alimentares porque sim, apenas trazem
fragilidade física, peso perdido à custa da degradação de tecidos orgânicos
essenciais e ao rebaixar da saúde mental.
Por favor, olhem para
vós e sintam orgulho no vosso corpo, no que vos parece bem e no que vos parece
mal. Lembrem-se sempre de que são únicos e merecedores do melhor. Não
precisamos de filtro quando amamos ou nos sentimos amados. O mesmo acontece com
o vosso corpo e a vossa postura perante a vossa alimentação.
Querem perder peso,
fantástico! Procurem ajuda de um nutricionista que vos perceba e vos ajude
porque querem ter mais saúde e menos um pouco de massa gorda a mais."
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